A Radiografia das Bancas
Um grande amigo meu, o professor Alisson Rocha, costuma dizer (e eu ratifico) que, para você conseguir sua aprovação, é preciso conhecer seu inimigo: A BANCA ELABORADORA! Ele costuma, de uma forma muito engraçada, falar que é preciso fazer a radiografia da banca.
Sabem, muita razão ele tem ao assim falar (olha que chique essa inversão sintática). Tanto, que resolvi criar um post sobre a radiografia das bancas com relação, evidentemente, ao conteúdo de Língua Portuguesa.
Vamos, então, pensar sobre as características essenciais de cada banca (em posts separados)
Nosso alvo
O Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (ou CESPE para os concursandos) realiza algumas das provas mais "populares" que são utilizadas para examinar os candidatos a um cargo público. A estrutura de prova mais comum utilizada pela banca é a do formato "certo e errado", algo interessante para quem está acostumado a resolver apenas provas de múltipla escolha. Pode ficar tranquilo, caro guerreiro concursando, pois não há nada de difícil nessa formatação. Para ficar acostumado ao padrão da prova e conseguir resolver as questões sem erros ou inconvenientes, recomendo o exercício de três ou quatro blocos de trinta ou quarenta questões da banca.
Quanto ao nível que a banca apresenta, há três básicos: "idiota", "legal" e "capetótico". Sua torcida deve, sempre, ser para que a prova esteja no nível capetótico, pois, dessa forma, nem todo mundo consegue gabaritar. O problema é que, às vezes, você se enquadra nesse grupo.
Bem, deixando de trololós, vamos entender como a banca estrutura suas questões.
Quanto à MORFOLOGIA:
- As conjunções são as rainhas da banca, principalmente as coordenativas adversativas e as subordinativas adverbiais concessivas. Fique atento às questões que pedem para você trocar uma conjunção por outra. Verifique se há mudança de sentido, se a concordância verbal é mantida. Assim, você mata a questão.
- A categoria dos pronomes merece atenção especial, portanto, vamos dividir o comentário. Os demonstrativos costumam cair nas questões que focalizam a retomada textual, ou seja, para que elemento ou segmento de texto cada pronome aponta. O jogo de sentido entre esse e este é fundamental para essa compreensão.
- Os pronomes relativos costumam cair em questões de substituição, nas quais você precisa entender se pode permutar os termos em questão. Cuidado! O pronome cujo costuma facilitar a resposta para os concursandos escolados no Português.
- Os pronomes oblíquos átonos aparecem nas questões mais simples. Geralmente, basta saber que não se troca "o" e "a" por "lhe" que tudo fica sossegado!
- As preposições são cobradas nas questões de REGÊNCIA VERBAL e NOMINAL, bem como nas questões relativas ao emprego do acento grave indicativo de CRASE. Decore-as para um bom desempenho. Costumeiramente, as questões que tematizam as preposições pedem para avaliar as possíveis permutas entre preposições e/ou supressão delas na sentença.
- Os verbos aparecem em dois tipos de questão: flexão de voz passiva sintética para voz passiva analítica sem mudança de sentido; e CONCORDÂNCIA VERBAL (para a banca CESPE ficar de olho na forma "trata-se de")
- Sabendo encontrar SUJEITO e COMPLEMENTO VERBAL (OBJETO) já responde 90 % das questões.
- Compreender a diferença entre CONOTAÇÃO e DENOTAÇÃO garante o acerto de suas questões.
E O RESTO, Pablo?
Fica para o próximo post! A banca é importante, sua análise também o é! Até a próxima!
FORÇA GUERREIROS!